quarta-feira, 11 de abril de 2012

Um Belo Horizonte em minha frente - parte 2

"... Senti o desejo de voltar para Manaus e fundar o primeiro centro de recuperação no estado, porém eu era muito jovem para tal desafio.


Fui até o bosque conversar com Deus para saber o que seria o certo a fazer, ele disse para levar meu projeto para o governador de Manaus, para outros jovens ter a mesma chance que eu tive.


Sou grata pela sensibilidade do governador Gilberto Mestrinho, hoje falecido, por ter colocado esse sonho em prática, fui recompensada por tudo após ver vários jovens conseguindo sair do mundo das drogas, graças a mim, Deus e o governador, isso me deu forças pra continuar em frente, seguir a vida."

Um Belo Horizonte em minha frente

Resumo do capítulo "Um Belo Horizonte em minha frente" retirado do Blog do Livro "Droga, disfarce irresistível" :


"Quando eu era jovem sempre falava que se alguém fosse perguntar por mim era pra dizer que eu estaria em Belo Horizonte, tinha lido sobre essa cidade e achei lindo, imaginava montanhas, um lindo horizonte por trás delas e sempre esperava que algo especial ocorresse lá. 


Passado o tempo de tratamento (1 ano), eu pude finalmente encontrar minha mãe e poder abraçá-la, e manter minha recuperação, eu queria recompensar toda a vergonha e tristeza que fiz ela passar, pois ela foi peça fundamental na minha recuperação, eu a admiro demais e sou muito grata por ter lutado por mim.


Voltei para Brasília, lá eu tinha tudo que eu queria, firmei meu namoro com Arlem Maffra, depois de 3 anos de namoro resolvemos nos casar, eu tinha apenas 18 anos, mas estava apaixonada, ele era de Belo Horizonte, ele também se envolveu com drogas na escola, como eu, e tinha também uma história de dor."

terça-feira, 10 de abril de 2012

Depoimento de um ex-drogado

"Eu tinha 12 anos quando fumei maconha pela primeira vez com uns amigos da rua.


Não gostei, mas aqui, na favela, é como uma febre, em qualquer esquina tem. Eu fumava até no terraço da escola. Para comprar, comecei a roubar uns gringos em Copacabana.


No primeiro assalto, consegui 500R$. Com tanto dinheiro, para que estudar? Tinha 15 anos quando voltei a estudar por pressão da família. Não durou. Fui preso várias vezes e, na última, no fim do ano passado, decidi me matricular no colégio de novo.


Na época, eu era casado, minha mulher perdeu o bebê e minha mãe teve um problema no coração – tudo por minha causa. Não quero mais entristecer a família. Desde fevereiro não roubo, mais ainda sinto vontade de fumar quando penso que preciso de emprego.”

Ecstasy - Os efeitos da droga no organismo


Maconha - Os efeitos da droga no organismo


Tudo começa com o velho papo de "experimenta", quando cai na real, é tarde demais...

O efeito da cocaína